Não posso deixar de comentar sobre o fato, em pleno ano de 2014 (ano de Copa do Mundo), Momento em as nações se unem, vemos atos como o acontecido no jogo de ontem a noite , atos que não se admite, em uma época vivemos em meio a pessoas civilizadas. Atos que não se apaga da memoria da vida. Atos que repudiamos além de qualquer outro fato. Atos que nós envergonhamos em noticiar. Atos que deveriam ser retaliados com rigor perante a lei. Mais infelizmente sendo no caso da COMEMBOL, não acontecerá nada, está na hora de darmos um basta nisso. Não importa para que time você torce, o que está em jogo não é uma bola de futebol, mais um ser humano, que deve ser respeitado independente do que ele, pense ou seja. Diga não ao racismo.
Mais uma vez o futebol foi manchado por atos racistas.
Desta vez na Libertadores e com um brasileiro como vítima. O volante Tinga foi hostilizado
por torcedores do Real Garcilaso-PER, durante o segundo tempo da partida contra
o Cruzeiro, em Huancayo. Visivelmente chateado e inconformado com a situação, o
jogador repudiou o episódio e disse que trocaria todos os títulos conquistados
na carreira por um mundo sem preconceito e igual para todas as raças e classes.
- Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e
ganhar o título contra o preconceito contra esses atos racistas. Trocaria por um
mundo com igualdade entre todas as raças e classes.
Tinga entrou no segundo tempo no
lugar de Ricardo Goulart e logo começou a ouvir torcedores imitando
macacos quando tocava na bola. O volante disse que tentou esquecer
durante o jogo, mas não
conseguiu.
- A gente tenta esquecer, competir
em campo. Fico chateado com isso em pleno 2014, um país tão próximo da
gente, mas infelizmente aconteceu. Já joguei longe, joguei vários anos na
Alemanha e nunca vi isso na minha vida.
Os atos racistas da torcida
peruana não indignaram apenas a vítima, mas também seus companheiros. O
zagueiro Dedé deixou em segundo plano a derrota e as dificuldades com a
altitude para também reclamar dos sons emitidos pelos torcedores do Real
Garcilaso.
- O que deixa a gente
indignado é um pais sul-americano com gestos racistas. O Tinga pega na
bola, e eles (torcedores) começam a
fazer som de macaco. Isso não existe e, da forma que eles jogaram aqui,
catimbando, fazendo coisas para travar durante todo o jogo. Mas é o começo
Libertadores, o time está confiante e sabe o que fazer no campeonato.
A Federação Mineira de Futebol informou vai fazer uma representação nesta quinta-feira, junto à Conmebol, em repúdio
ao racismo manifestado contra Tinga. Até o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, entrou no tema, criticando o ato pelo Twitter.
Em seguida, cruzeirenses e torcedores de outros times usaram as redes sociais
para demonstrar apoio ao volante. A hashtag #FechadoComOTinga assumiu
rapidamente a liderança dos termos mais discutidos no Twitter.
"Em BH, nesse momento, não existem atleticanos e cruzeirenses. Tá todo mundo #FechadoComOTinga e o resto pouco importa", escreveu um internauta. "Independentemente do time, da rivalidade. O que não pode é racismo
no futebol", disse outro. "Vamos fazer o mundo inteiro ver o nosso
protesto contra o racismo no Mineirão!", sugeriu uma cruzeirense.
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