quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Apreda Um Pouco Mais sobre Fibromialgia

                  Ao conhecer aos pessoas com fibromialgia, e escutar muitas reclamações sobre está doença, resolvi pesquisar sobre a mesma e descobrir como nós professores de educação física poderíamos, agir quando encontrarmos uma pessoa, com esse problema. Por isso resolvi escrever este artigo espero que possa ajudá-los.

               O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono . No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”. 


             Com base em pesquisas internacionais, a freqüência da fibromialgia é de 1 a 5% na população em geral. Nos serviços de Clínica Médica, essa freqüência é em torno de 5 % e nos pacientes hospitalizados, 7.5%. Na clínica reumatológica, por sua vez, essa síndrome é detectada entre 14% dos atendimentos. No Brasil, alguns trabalhos falam a favor de uma prevalência em torno de 10% da população e salientam a influência de fatores sócio-econômicos. A fibromialgia é mais freqüente no sexo feminino, que corresponde a 80% dos casos.

Em média, a idade do seu início varia entre 29 e 37 anos, sendo a idade de seu diagnóstico entre 34 e 57 anos.   Os sintomas de dor, fadiga e distúrbios do sono tendem a instalar-se lentamente na vida adulta, no entanto, 25% dos casos referem apresentar estes sintomas desde a infância. Não se deve esquecer que as manifestações de dor muscular são muito comuns na infância, ocorrendo em torno de 7 % dos casos atendidos no ambulatório de Pediatria Geral. Isso não quer dizer que essas crianças terão evolução para fibromialgia. No entanto, foi descrita a tendência de a fibromialgia ocorrer em mulheres de uma mesma família.

           Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento.

           A partir da década de 80 pesquisadores do mundo inteiro têm se interessado pela fibromialgia. Vários estudos foram publicados, inclusive critérios que auxiliam no diagnóstico dessa síndrome, diferenciando-a de outras condições que acarretem dor muscular ou óssea. Esses critérios valorizam a questão da dor generalizada por um período maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados. 

Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Assim sendo, uma infecção, um episódio de gripe ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o que agrava a condição de dor.

          Pesquisas têm também procurado o papel de certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Muito se tem estudado sobre o envolvimento na fibromialgia de hormônios e de substâncias que participam da transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar em um melhor entendimento dessa síndrome e portanto proporcionar um tratamento mais efetivo e até mesmo a sua prevenção.

          Atualmente, com o avanço dos estudos e pesquisas, as evidências comprovam que a fibromialgia é doença física, sim. Não se trata de uma síndrome invisível. Há trabalhos científicos mostrando que o portador apresenta alterações na anatomia cerebral. Um desses estudos apresentado no fim do ano passado, na França, mostrou que graças a um exame por imagem chamado Spect (tomografia computadorizada por emissão de fóton), os médicos do Centro Hospitalar Universitário de La Timone, em Marselha, constataram que no cérebro de 20 mulheres com esse tipo de hipersensibilidade havia um fluxo maior de sangue em regiões que identificam a dor.
           Paralelamente, notaram uma queda de circulação na área destinada a controlar os estímulos dolorosos. Nas dez voluntárias saudáveis que participaram da pesquisa, nenhuma alteração foi detectada. Este trabalho se soma a inúmeros outros sobre a presença do distúrbio, como o aumento dos níveis de substância P, o neurotransmissor que dispara o alarme da dor e a menor disponibilidade de serotonina, molécula que avisa ao sistema nervoso que a causa da dor já passou.
           Ao se exercitar, o corpo libera endorfina e neurotransmissores com ação analgésica no sistema nervoso central, diminuindo a dor. Além disso, os exercícios ajudam também a melhorar o sono e o humor do paciente, que normalmente fica alterado por causa da síndrome. No entanto, os médicos alertam para a importância de realizar uma avaliação antes de começar uma atividade física, que deve ser individualizada e prescrita por um Profissional formado em Educação Física e habilitado para tal..

e acordo com o reumatologista Roberto Heymann, os exercícios aeróbicos no solo, como a caminhada, ou os na piscina são os mais bem estudados e determinantes na melhora dos sintomas da fibromialgia. Já as atividades de fortalecimento e alongamento também são eficazes e podem ser prescritas com segurança para tratar a síndrome.

          De acordo com o reumatologista ACSM, os exercícios aeróbicos no solo, como a caminhada, ou os na piscina são os mais bem estudados e determinantes na melhora dos sintomas da fibromialgia. Já as atividades de fortalecimento e alongamento também são eficazes e podem ser prescritas com segurança para tratar a síndrome.

          O American College of Sports Medicine em conjunto com a American Heart Association, publicou as novas recomendações sobre atividade física e saúde na revista (Medicine  & Science in Sports & Exercise, vol. 39, n. 8, 2007). As novas recomendações do ACSM e da AHA são:

1-      Realizar exercícios cardiovasculares de intensidade moderada 30 minutos por dia,   cinco dias por semana .

2-      Realizar exercícios cardiovasculares de intensidade alta 20 minutos por dia, três   dias por semana.

 Prof° Ms. Júlio César Azevedo

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