Ao conhecer aos pessoas com fibromialgia, e escutar muitas reclamações sobre está doença, resolvi pesquisar sobre a mesma e descobrir como nós professores de educação física poderíamos, agir quando encontrarmos uma pessoa, com esse problema. Por isso resolvi escrever este artigo espero que possa ajudá-los.
O
termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e
crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de
manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do
sono . No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série
de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes
problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse
quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido.
Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo
inflamatório muscular, daí a terminação “ite”.
Com
base em pesquisas internacionais, a freqüência da fibromialgia é de 1 a
5% na população em geral. Nos serviços de Clínica Médica, essa
freqüência é em torno de 5 % e nos pacientes hospitalizados, 7.5%. Na
clínica reumatológica, por sua vez, essa síndrome é detectada entre 14%
dos atendimentos. No Brasil, alguns trabalhos falam a favor de uma
prevalência em torno de 10% da população e salientam a influência de
fatores sócio-econômicos.
A fibromialgia é mais freqüente no sexo feminino, que corresponde a 80% dos casos.
Em média, a idade do seu início varia entre 29 e 37 anos, sendo a idade
de seu diagnóstico entre 34 e 57 anos. Os sintomas de dor, fadiga e
distúrbios do sono tendem a instalar-se lentamente na vida adulta, no
entanto, 25% dos casos referem apresentar estes sintomas desde a
infância. Não se deve esquecer que as manifestações de dor muscular são
muito comuns na infância, ocorrendo em torno de 7 % dos casos atendidos
no ambulatório de Pediatria Geral. Isso não quer dizer que essas
crianças terão evolução para fibromialgia. No entanto, foi descrita a
tendência de a fibromialgia ocorrer em mulheres de uma mesma família.
Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo
associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo
doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a
fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer
dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No
entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o
desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o
paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames
complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência
clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é
fundamental para o sucesso do tratamento.
A partir da década de 80 pesquisadores do mundo inteiro têm se
interessado pela fibromialgia. Vários estudos foram publicados,
inclusive critérios que auxiliam no diagnóstico dessa síndrome,
diferenciando-a de outras condições que acarretem dor muscular ou óssea.
Esses critérios valorizam a questão da dor generalizada por um período
maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados.
Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as
manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas
emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Assim sendo, uma infecção,
um episódio de gripe ou um acidente de carro, podem estimular o
aparecimento dessa síndrome. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia
podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o
que agrava a condição de dor.
Pesquisas têm também procurado o papel de certos hormônios ou produtos
químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no
sono e no humor. Muito se tem estudado sobre o envolvimento na
fibromialgia de hormônios e de substâncias que participam da
transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar em um melhor
entendimento dessa síndrome e portanto proporcionar um tratamento mais
efetivo e até mesmo a sua prevenção.
Atualmente, com o avanço dos estudos e pesquisas, as evidências
comprovam que a fibromialgia é doença física, sim. Não se trata de uma
síndrome invisível. Há trabalhos científicos mostrando que o portador
apresenta alterações na anatomia cerebral. Um desses estudos apresentado
no fim do ano passado, na França, mostrou que graças a um exame por
imagem chamado Spect (tomografia computadorizada por emissão de fóton),
os médicos do Centro Hospitalar Universitário de La Timone, em Marselha,
constataram que no cérebro de 20 mulheres com esse tipo de
hipersensibilidade havia um fluxo maior de sangue em regiões que
identificam a dor.
Paralelamente, notaram uma queda de
circulação na área destinada a controlar os estímulos dolorosos. Nas dez
voluntárias saudáveis que participaram da pesquisa, nenhuma alteração
foi detectada. Este trabalho se soma a inúmeros outros sobre a presença
do distúrbio, como o aumento dos níveis de substância P, o
neurotransmissor que dispara o alarme da dor e a menor disponibilidade
de serotonina, molécula que avisa ao sistema nervoso que a causa da dor
já passou.
Ao se exercitar, o corpo libera endorfina e neurotransmissores com ação
analgésica no sistema nervoso central, diminuindo a dor. Além disso, os
exercícios ajudam também a melhorar o sono e o humor do paciente, que
normalmente fica alterado por causa da síndrome. No entanto, os médicos
alertam para a importância de realizar uma avaliação antes de começar
uma atividade física, que deve ser individualizada e prescrita por um Profissional formado em Educação Física e habilitado para tal..
e acordo com o reumatologista Roberto Heymann, os exercícios
aeróbicos no solo, como a caminhada, ou os na piscina são os mais bem
estudados e determinantes na melhora dos sintomas da fibromialgia. Já as
atividades de fortalecimento e alongamento também são eficazes e podem
ser prescritas com segurança para tratar a síndrome.
De acordo com o reumatologista ACSM, os exercícios aeróbicos
no solo, como a caminhada, ou os na piscina são os mais bem estudados e
determinantes na melhora dos sintomas da fibromialgia. Já as atividades
de fortalecimento e alongamento também são eficazes e podem ser
prescritas com segurança para tratar a síndrome.
O
American College of Sports Medicine em conjunto com a American Heart
Association, publicou as novas recomendações sobre atividade física e saúde na
revista (Medicine & Science in
Sports & Exercise, vol. 39, n. 8, 2007). As novas recomendações do ACSM e
da AHA são:
1-
Realizar
exercícios cardiovasculares de intensidade moderada 30 minutos por dia,
cinco dias por semana .
2-
Realizar
exercícios cardiovasculares de intensidade alta 20 minutos por dia, três
dias por semana.
Prof° Ms. Júlio César Azevedo
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